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sábado, 27 de março de 2010

As cidades pequenas

Assaré: en cada encruzilhada, um poema.

Há alguns anos , venho costurando o Brasil dentro e fora de mim. Ganho pouco mas viajo muito. Posso me orgulhar de conhecer 18 capitais brasileiras, a maioria delas, razoavelmente bem. Tudo isso fazendo teatro. Nesse momento estou em Sousa , na Paraíba. Uma pequena cidade sem maiores atrativos turísticos. Nem bonita nem feia, mas adorável. Já conheço a Paraíba, estive em João Pessoa e Campina Grande, duas cidades grandes, mas estou encantado com Sousa. É incrível constatar como minhas melhores lembranças estão frequentemente ligadas aos pequenos povoados, às cidadezinhas. São tantas! Assaré e as placas de rua com poemas de Patativa, Nova Olinda e a Casa Grande, Tacaimbó que virou meu lar de empréstimo e lugar que me deu alegria sem preço, Palmeira dos Índios de Graciliano Ramos, Teotônio Villella e a grande feira tomando conta de toda a cidade, Poconé e a cavalhada, Paranataí e um bar de madrugada, Caicó e os anjos saindo da igreja depois da missa de Domingo e a platéia cantando em coro:

" oh mana deixa eu ir,

oh mana eu vou só,

oh mana deixa eu ir para o sertão de Caicó"

Crato, meu amado Crato!

São muitas!

Dentro de 3 dias volto para São Paulo, lugar que escolhi para viver. Volto louco pelo pão de queijo do Coj. Nacional mas adocicado pelos interiores.

Um comentário:

  1. Rô,concordo muitos com você!Em muitas , ou na maioria dessas viajens estivemos juntos , e , cada vez que volto pra São Paulo , volto mais misturada de todos esses Brasis! Volto querendo "arrudiá"... Volto querendo comer tapióca no Conjunto Nacional e ter a vista da praia de Boa viagem de meu apartamento em Perdizes!

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