“ Eu vou contar uma histora que eu não sei como cumece”
Patativa é para todos os momentos! Pois é, nem sei por onde começar...
Antes de sair de São Paulo coloquei como meta para o Palco Giratório o ato de escrever todos os dias, coisa que aos trancos e barrancos consegui fazer , deixando escapar apenas um dia ou outro , quando participei dessa mesma saga giratória com o Ventoforte , em 2008. Aí me pergunto: como eu consegui? É tanto que vi, ouvi, que troco, que sinto, é tanto mar, é tanto chão, é tanto de um tanto que não se finda... e ainda assim parece que nunca basta! Como estar grávida de algo que não se sabe bem o que é! Ebulição!
No Pensamento Giratório, no Rio de Janeiro, o professor citou um outro poeta que dizia que a poesia era como ouriço, que ela te transpassa, te machuca, te incomoda por qualquer lugar que você tente pegá-la! No momento quase descordei pensando: “Também conforta!” Mas eu estava enganada; até o conforto é ânsia!. É um me encontrar lá no fundo, quietinha no meu canto. E desde que deixamos nosso porto-paulista tem sido assim. Tenho sido cutucada ora pelo sol intenso , pelo sal desses mares azuis na pele (como consegue ser tão azul e tão verde ao mesmo tempo?) ora pelas pedras deslumbrantes da estrada de Quixadá, pelo Dragão do Mar, pelo pôr do sol em João Pessoa, pelos barquinhos de São Salvador ...
Mas, além de todas essas visagens se plantarem dentro de mim sou atravessada pelas pessoas que se achegam com suas histórias , com seus cantares! Como um encontro fortuito nos Arcos da Lapa que foi desembocar em Salvador na oralidade de Zé Poleiro, através do gesto carinhoso de Arthur. Como numa tarde vagarosa em João Pessoa em que tivemos o privilégio de dividir a mesa, os sambas, a cerveja, os cocos de raiz com o lindo senhor que responde por Baixinho. Ouvimos seu pandeiro e seu poderoso cantar do alto de seus cabelos brancos. Ajuntou gente, mais pandeiros, mais violão, grupo Lavoura, Teatrália e outros encantados!
Como não se emocionar ao ouvir Bule Bule(Salvador) e Franklin Maxado (Feira de Santana) com seus cordéis ou não ter vontade profunda de voltar a estudar depois de presenciar o professor Rubens Pereira falar sobre a linguagem e a poesia!
É tanta gente, é tanta arte , são tantas Anas, Danis, Zés, Raimundos, Nocas ... é tanto de um tanto que nem sei...se eu for citar tudo ou todas as pessoas que me geminaram até agora seria ingrata com alguém ou pelo esquecimento de nome, ou pelo modo raso de falar de tanta profundidade.
Hoje o núcleo durante o Pensamento Giratório em Feira de Santana foi desafio. Que desafio bão! Bom dimai!!!
Nem de longe consegui expressar tudo o que desejo mas enfim... é só um começo!
por Karen Menatti
Braaaavo! Geniais sempre esses meninos! Fortaleza-CE tá com uma saudade do tamanho do talento de vcs.. Energia Maravilhosa para o resto do ano, ate NOVEMBRO no Cariri!
ResponderExcluirTonny Greg.
tony_gregui@hotmail.com
Gente muitíssimo obrigado pelo talento, pelo trabalho e por terem vindo apresentar esse maravilhoso espetáculo aqui em Feira de Santana(BA)!
ResponderExcluirVocês fazem acontecer o verdadeiro teatro, o teatro como uma ferramenta de transformação social norteada pela obra do Patativa!
Desejo que a Cia do Tijolo "gire" o mundo inteiro e mostre todo esse trabalho feito com muita sinergia e energia!
Muito obrigado por existirem e por escolherem fazer teatro!
Deus ilumine todo o caminho de sucesso ca Cia Tijolo e que Ele traga vocês aqui pra Feira muitas e muitas vezes pra eu novamente assistir as duas apresentações como fiz na sexta e no sábado!
Muito Obrigado de Coração!
Ka, você linda como sempre, até no dizer. Delicadeza em pessoa! beijo fabi
ResponderExcluirOlá. Dinho e Cia! Parabéns pela apresentação do Concerto de Ispinho e Fulô em Santo Antonio de Jesus/BA. Confira a matéria que fiz sobre a apresentação no site: http://www.vozdabahia.com.br/index/blog/id-8093/concerto_de__ispinho_e_fulo__deixa_publico_contagiado_em_santo_antonio_de_jesus
ResponderExcluirSucesso na temporada!
Bruna Leal
Rádio Recôncavo FM
Site: Voz da Bahia
Não vou postar o texto original que li na oficina, mas fiz uma releitura e deu nisso que vc vai ler... Espero que goste, vc e a Cia do Tijolo me ensinaram muito, e como eu disse na oficina em Santo Antonio de Jesus, eu queria aprender com vc e eu aprendi, a ter paciencia, a me comportar ativamente mesmo n estando em cena, aprendi que posso confiar mais em mim e no que eu vejo... Que na sua estrada tenha muita fulô e pouco ispinho.
ResponderExcluirRegistro de Giz
Em meio a fulô, ispinho e giz que um certo registro de outrora eu puxei da memória e só agora me convenci. Essa vida é mesmo louca, meu Santo Antonio! Eu lembrava de um tão retrato que eu vi, aqueles traços tão bem marcados. Como assim meu santo! Será que é? Pergunto-me. E resposta que é bom, oxe! Nem ouvi.
Sentimento escrito a giz logo se apaga, agente reza, esperneia que fique, mas quem dizze! Coração quando desembesta a dizer adeus não tem santo não tem reza que impeça o desejo seu. E tem mesmo que ser assim, coração pode rodar os quatro cantos dessa brasi, mas a sempre de voltar pro seu canto, pro seu ním.
Por isso canto o meu encanto que do canto foi buscar, um povo de tão longe que nessas terra veio parar. Na mala tinham de um tudo, tinham sinos, tinham poesias, tinham inté uma miniatura do mestre Assaré. Me encantei por esse povo e agora vou registrar, não a giz, mais a ferro e fogo. Cia Do Tijolo enquanto durar na minha lambrança vocês vão ficar.
Marcus Lobo =]