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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Concerto de Ispinho e Fulô no Rio de Janeiro. Patativa abraça Euclides da Cunha


Os Correios apresentam Concerto de Ispinho e Fulô – Patativa do Assaré: um abraço e um bordado. Concebido pela premiada Cia do Tijolo (SP), o espetáculo está percorrendo sete estados e 13 cidades brasileiras com o propósito de disseminar a inigualável obra do poeta Patativa do Assaré, construindo assim uma espécie de cartografia literária afetiva do sertão.



O circuito nacional da Cia do Tijolo já passou pelo Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Minas Gerais. A sétima etapa é no estado do Rio de Janeiro, momento em que o poeta Patativa do Assaré presta homenagem ao escritor fluminense Euclides da Cunha e sua obra “Os Sertões”.

A Cia do Tijolo apresenta o Concerto de Ispinho e Fulo na cidade do Rio de Janeiro no período de 27 de agosto a 6 de setembro, no Espaço da Cia de Mystérios e Novidades, na Gamboa.

No dia 1 de setembro, a companhia ministra Workshop de Dramaturgia, das 14h às 18h, para atores e estudantes interessados pelas artes teatrais.


Todas as atividades têm entrada franca e a classificação é de 14 anos.

UM ENCONTRO DE INFITOS ABRAÇOS

Na crítica “Espetáculo rico em brasilidade” (Rio Show, 27 de abril de 2012), Barbara Heliodora afirmou que “(...) A obra de Patativa do Assaré é uma dessas muitas e fantásticas riquezas de que a cultura popular brasileira é tão farta; e digna dela é esse espetáculo em que são clamorosos o entusiasmo e a dedicação de todo o elenco, ele mesmo formado por gente de vários estados que sem dúvida encontrou nessa poesia e nessas histórias nordestinas uma medida considerável do ser brasileiro. Na busca de querer saber quem somos nós, Concerto de Ispinho e Fulô é uma preciosa ajuda”.


APRESENTA

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Cia do Tijolo presta homenagem a João Guimarães Rosa - Sertão de Minas Gerais

Os Correios apresentam Concerto de Ispinho e Fulô – Patativa do Assaré: um abraço e um bordado. Concebido pela premiada Cia do Tijolo (SP), o espetáculo está percorrendo sete estados e 13 cidades brasileiras com o propósito de disseminar a inigualável obra do poeta Patativa do Assaré, construindo assim uma espécie de cartografia literária afetiva do sertão.

O circuito nacional da Cia do Tijolo já passou pelo Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia. A sexta etapa é no estado de Minas Gerais, no período de 18 a 25 de agosto, momento em que o poeta Patativa do Assaré presta homenagem ao escritor João Guimarães Rosa.



Primeiro a Cia do Tijolo visita Cordisburgo, a terra natal do autor de “Grande Sertão: Veredas”, e ministra no dia 20 de agosto Workshop de Dramaturgia; e no dia 21 de agosto apresenta o espetáculo para o público local.

Em seguida a caravana do Tijolo segue para Belo Horizonte e apresenta o Concerto de Ispinho e Fulô nos dias 22, 23 e 24 de agosto no Espaço Plugminas, no bairro do Horto. No dia 24 de agosto também será ministrado o Workshop de Dramaturgia na capital do estado, destinado a atores e artistas locais.


Todas as atividades têm entrada franca e a classificação é de 14 anos.

REALIZAÇÃO
A circulação nacional do “Concerto de Ispinho e Fulô – Patativa do Assaré: um abraço e um bordado” conta com a coordenação geral das empresas EmCartaz Empreendimentos Culturais e Spiral Criativa, ambas do Rio de Janeiro e integrantes da Incubadora Rio Criativo.

APRESENTA

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Cia do Tijolo chega à Bahia - homenagem a Antônio Conselheiro e Canudos

Os Correios apresentam Concerto de Ispinho e Fulô – Patativa do Assaré: um abraço e um bordado. Concebido pela premiada Cia do Tijolo (SP), o espetáculo está percorrendo sete estados e 13 cidades brasileiras com o propósito de disseminar a inigualável obra do poeta Patativa do Assaré, construindo assim uma espécie de cartografia literária afetiva do sertão.

O circuito nacional da Cia do Tijolo já passou pelo Ceará, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. A quinta etapa é no estado da Bahia, no período de 10 a 17 de agosto, momento em que o poeta Patativa do Assaré presta homenagem ao beato Antônio Conselheiro e a história de Canudos.



Nos dias 14, 15 e 17 de agosto Salvador recebe o “Concerto de Ispinho e Fulô”, com apresentações no Teatro Sesc-Senac Pelourinho. A Cia do Tijolo também ministra Workshop de Dramaturgia no dia 16 de agosto também na capital baiana, no qual propõe o diálogo e a troca de experiências com atores e artistas locais.


Todas as atividades têm entrada franca e a classificação é de 14 anos.

REALIZAÇÃO
A circulação nacional do “Concerto de Ispinho e Fulô – Patativa do Assaré: um abraço e um bordado” conta com a coordenação geral das empresas EmCartaz Empreendimentos Culturais e Spiral Criativa, ambas do Rio de Janeiro e integrantes da Incubadora Rio Criativo.

APRESENTA

Caminhando sobre nossos mortos - Canudos.


Caminhando sobre nossos mortos – Canudos.






Acho que é aqui o céu-mãe. É aqui o céu que gera os outros céus que correm pelo Brasil. Fiotes de céu. E talvez o céu primeiro seja na Amazônia e talvez no Serrado e talvez e talvez... Mas hoje o céu-mãe é aqui.
Canudos.
Seco. E verde. É a caatinga com seu cheiro de lavanda sertaneja e de marimbondos que arrodeiam as nossas cabeças. Pedra e céu. Muito céu. Todo riscado estava hoje. Feito quando molhamos a mão na tinta e arrastamos os dedos pela tela. Fizeram isso com nuvem aqui hoje. E é silêncio.
Aqui é grande também o silêncio. Às vezes vem um balido de longe. Na verdade alguns. São cabritos correndo atrás da mãe. Ou uma ave gritando coisas que eu não entendo. O ronco do motor do nosso ônibus. Mas só um pouco, depois finda. 
Mas sobretudo silêncio.
Entre montanhas.
Picos altos para observação dos que vem de longe com intenções diversas. E era e é longe. Assim feito o Sítio Caldeirão da Santa Cruz do Deserto. E assim feito o Caldeirão não tem como não imaginar o que era esse lugar nos idos de mil oitocentos e noventa e poucos.
Em 5 de outubro de 1897 o massacre. Terra encharcada do sangue daqueles que eram contra o coronelismo vigente e que sofriam com a fome. Daqueles que optaram em não pagar impostos para os latifundiários. Daqueles que optaram em dividir entre si o que geravam.Negociavam o excedente com cidades próximas. Foram atacados quatro vezes, sendo essa última uma intervenção federal, com mais de 10 mil militares. Morreram muitos do povoado de Canudos. Incluindo crianças. Incluindo idosos.
E é silêncio.
E caminhando pelas estradas de terra poeirenta, caminhei sobre os nossos mortos. Talvez sempre caminhemos. Sempre andemos com os pés nas cabeças de quem por aqui já andou. As árvores e seus galhos tortos, ora rasteiras ora não. Tem-se a impressão que a qualquer momento uma dessas figuras vai tomar vida. Passado a espreita.  Almas de galhadas secas esperando prosa. Esperando ouvido amigo.
Riacho do Motta. Alto da favela. Vale da Morte. Tem também a cruz lá no alto. E cascalho e madeira no chão duro e mandacaru fulorado. Muitos. E facheiros com fruta. Diz que o doce é bom. É caminhada num horizonte que não tem fim. Nunca tem.
Ave Maria.
Cantada por nós. Poema de Patativa jorrando de Dinho. Lá embaixo um ponto alto da Canudos submersa acena pra quem passa. As casas estão lá embaixo brincando de peixe.
Respeito meu pelos que lutaram. Respeito nosso.Respeito meu pelos que lutam.Respeito nosso.


    
 Patativa do Assaré:

“ Sempre digo , julgo e penso
Que o beato Zé Lourenço
Foi um líder brasileiro
Que fez os mesmos estudos
Do grande herói de Canudos,
Nosso Antônio Conselheiro.

Tiveram o mesmo sonho
De um horizonte risonho
Dentro da mesma intenção,
Criando um sistema novo
Pra defender o povo
Da maldita escravidão.

Em Caldeirão trabalhava
E boa assistência dava
A todos os operários,
Com a sua boa gente
Lutava pacificamente
Contra os latifundiários.

Naquele tempo passado
Canudos foi derrotado
Sem dó nem compaixão,
Com a mesma atrocidade
E maior facilidade
Destruíram o Caldeirão.  

Por ordem dos militares
Avião cruzou os ares
Com raiva, ódio e com guerra,
Na grande carnificina
Contra a justiça divina
O sangue molhou a terra.

Porém, por vários caminhos,
Pisando sobre os espinhos,
Com um sacrifício imenso,
Seguindo o mesmo roteiro
Sempre haverá Conselheiro
E beato Zé Lourenço."







texto Karen Menatti. fotos Alécio Cezar.



sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Paraíba - Nosso segundo bordado.



Fincamos a pedra boa. Pedra boa feita para construir pontes.Daquelas que ligam o ontem e o hoje. Pedra boa pra caminhar.
Fincamos a pedra boa. Pedra de festa de cumieira.Daquelas que enchem a casa de festa pra firmar encontro bom.
Fincamos a pedra boa. 
ao bom encontro.Enfim.

Em João Pessoa, no Teatro Paulo Pontes. 


A Paraíba é bonita, viu! Nosso segundo ponto do bordado.   



João Pessoa.

Nossa casa.
O alojamento da universidade de João Pessoa foi nossa casa. Porque tinha sala, tinha varanda, tinha visita. Porque ali naquela sala comemos, cantamos. Ali naquela sala brincamos. Nossa pedra boa. Alguns de nós já estiveram antes em João Pessoa, Jampa ou Johnnie People. Muitos amigos feitos e muita vontade de voltar para deixarmos um pouco de nós por lá. Digo “por lá” pois escrevo olhando o mar, não de Jampa mas do Recife. Aqui na praia do Pina, com os pés na janela e a cabeça recordando um passado tão próximo e que às vezes parece distante por conta da intensidade diária. Acho que é assim mesmo quando
estamos no turbilhão bom. Talvez seja assim mesmo. E não é que depois de três dias cantando na casa, o guarda da universidade nos pediu gentilmente que parássemos o som?
-Mas por quê? Não tá bom, não?
- Tá é bom! Mas aqui do lado é casa do padre!
Pronto. Nosso som ganhou o apelido de "Forró do Padre"    


"A sala tá cheia, minha gente, como é que eu entro agora?"

O Patativa brincou duas noites no Teatro Paulo Pontes. Sala cheia, apinhada de gente. Muita gente entrando e muita gente que ficou de fora.Lá conhecemos Antônio Patativa, não o poeta Patativa que também tinha Antonio por nome. Mas um filósofo que nos assistiu e que trazia no seu Rg nome forte. Reencontramos os amigos Jorge, André e fizemos outros. Reencontramos com o rapaz da foto ao lado que nos assistiu da outra vez que estivemos por lá. Primeira e única vez que houve um pequeno "acidente" em nossa apresentação: ele se machucou com um tijolo.Pois bem, ele não só voltou porque disse ter gostado muito da peça como nos visitou na nossa casa. João Pessoa é assim, tem pessoa no nome, gosta de gente.Ficamos de alma lavada! Essa terra que tem as águas quentes de Iemanjá! Água boa, forte, intensa. Essa terra tomada por árvores, flores, verde por toda parte. Respira-se por lá. Com tranquilidade. Nós limpamos ali nossos pulmões.

Das crianças.

Theo e Miguel nessas duas apresentações, além de participarem da peça também ficaram assim, juntinho do pai. Bonito de ver! Às vezes é bom também ver um filminho e comer doce. E com essa leveza toda aprendendo sobre iluminação, poesia, música, teatro, cinema. Aprendendo e nos ensinando. Talvez não nessa ordem! 














Itabaiana.






Ed e sua poesia sobre o Zé da Luz.


Com o pessoal de Itabaiana.
Chovia em Itabaiana. Nuvens coroavam a igreja principal. Nuvens cor de chuva. Daquelas pesadas. Pernilongos alvoroçados. Nós inebriados. O Concerto brincou no terreiro do restaurante do Buffet Finesse. Um espaço aberto que dava passagem para a brisa da noite. Víamos as pessoas se achegando, calmamente, no tempo que tem uma cidade pequenina. Tempo outro. Adolescentes ainda de uniforme escolar; famílias e todos que estavam no sarau da noite anterior. E nessa noite do sarau, o da noite anterior, foi brincadeira de poesia e música. Palavras de Zé da Luz que saíam da alma de Edglês Gonçalves: “As Flô de Puxinanã” dita especialmente para Thaís Teixeira, nossa lindíssima amiga e produtora. Nessa noite, que começou tímida, tivemos  violeiros da cidade e também dois “dizedores” de poesia em especial: Miguel, que lançou as palavras de Seu Geraldo Alencar e Theo que repetia sussurro de poesia ao pé do ouvido. Fabi sussurrava, Theo  falava. Os dois com a desenvoltura de quem tem a brincadeira no desenrolar da vida. Talvez tenha sido porque o nome do café onde estávamos era Sivuca, Sivuca Café. Itabaiana, cidade do acendedor de lamparina, Zé da Luz, e do acendedor de sons, Sivuca.     
Chovia em Itabaiana. E durantes as noites, na hora de jantar, ouvíamos histórias como a da “Véia do coloral”, uma mulher mais velha que se banhava nua na beira do rio e se divertia com os meninos da cidade que se atropelavam pra vê-la “nuinha” como veio ao mundo. Fomos aconchegados e recebidos feito casa de mãe.  
No dia em que saímos de Itabaiana parou de chover! Que o retorno seja breve.
Café Sivuca.


Café Sivuca.


Ainda sobre Zé da Luz – nosso abraço e bordado.

Quando ouvi pela primeira vez o poema “Confissão de Caboclo”, do poeta Zé da Luz fiquei com boca de janela, daquelas que custam a fechar! Zé da Luz tem essa sensibilidade matuta que entra nos nossos vãos e enchem a gente de água, daquelas que saem dos nossos olhos. Esse em especial. Conta a história de um homem que mata a mulher por desconfiar de sua fidelidade. Dói. O poema dói. E o modo como constrói a história passa pra nós, leitores ou “ouvidores” a rudeza do fato. A palavra porém não é rude; é delicada como lâmina de facão. Trata da vida coberta pela neblina do analfabetismo. Conheci esse poema pelas mãos de Dinho Lima Flor, durante um voo. Estávamos em 2009 indo para o Ceará e Pernambuco também para apresentar o Concerto. Hoje, 2015, Dinho apresenta seu solo “ Ledores no Breu” no qual tem esse poema como guia. É magistral o que faz! Não digo por ser meu amigo mas sim pela inteireza que ele tem como artista. Gostaria de colocar aqui um vídeo dele declamando mas como ainda não temos deixarei um com o também sensível homem que é Rolando Boldrim. Além de “Confissão de Cabocla”, a delícia do poema “Ai, se sesse!” conhecida na voz de Lirinha, quando ainda estava no Cordel do Fogo Encantado.

Em Itabaiana mora também Jessier Quirino, que tem como terra natal Campina Grande. Aqui também deixo duas que gosto muito: “ Paisagem de interior” e “Parafuso de cabo de serrote”.  


"Confissão de Caboclo", de Zé da Luz
https://www.youtube.com/watch?v=Zlgj8pk26N8

"Ai, se sesse!",de Zé da Luz.
https://www.youtube.com/watch?v=-SV47bqozcg

"Paisagem de Interior", Jessier Quirino
https://www.youtube.com/watch?v=geB3yCT_-bk

"Parafuso de Cabo de Serrote", Jessier Quirino
https://www.youtube.com/watch?v=3FCKtFPxGsI


texto Karen Menatti, fotos de Alécio Cezar.
                                                               Estrada: céu pintado de chuva.
                                                     

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Cia do Tijolo chega em Alagoas, terra de Graciliano Ramos

Os Correios apresentam Concerto de Ispinho e Fulô – Patativa do Assaré: um abraço e um bordado. Concebido pela premiada Cia do Tijolo (SP), o espetáculo está percorrendo sete estados e 13 cidades brasileiras com o propósito de disseminar a inigualável obra do poeta Patativa do Assaré, construindo assim uma espécie de cartografia literária afetiva do sertão.



O circuito nacional da Cia do Tijolo já passou pelo Ceará, Paraíba e Pernambuco. A quarta etapa é no estado de Alagoas, no período de 3 a 8 de agosto, momento em que o poeta Patativa do Assaré presta homenagem ao escritor alagoano Graciliano Ramos.

Nos dias 4 e 5 de agosto Maceió recebe o “Concerto de Ispinho e Fulô” na Escola Técnica de Artes (ETA/UFAL). A Cia do Tijolo também ministra Workshop de Dramaturgia no dia 3 de agosto também na ETA/UFAL, no qual propõe o diálogo e a troca de experiências com atores e artistas locais.

Em seguida a caravana do Tijolo pega estrada rumo a Palmeira dos Índios e apresenta o espetáculo nos dias 7 e 8 de agosto na terra de Graciliano Ramos, autor de um das mais importantes obras da literatura brasileira – “Vidas Secas”.

Todas as atividades têm entrada franca e a classificação é de 14 anos.


REALIZAÇÃO
A circulação nacional do “Concerto de Ispinho e Fulô – Patativa do Assaré: um abraço e um bordado” conta com a coordenação geral das empresas EmCartaz Empreendimentos Culturais e Spiral Criativa, ambas do Rio de Janeiro e integrantes da Incubadora Rio Criativo.

APRESENTA




Aquele homem.


Aquele Homem. Sentado. Cabeça entre joelhos. alisava facão. Aquele homem. Sentado em terra comida:dente de trator. Bermuda vermelha,camisa encardida, boné de terra: tudo era penugem de terra roída. em volta morro, cana. Mais a frente casa pequenina, criança pelada, galinha. Aquele homem me olhou. Rosto sujo. Seria o meu?Sei que me viu dentro do ônibus. Foram segundos. Pensei seu cansaço, seu facão. Era estrada Pernambuco-Alagoas. Era Brasil. Pensei meus avós. Pensei meus pés. Foram segundos. Aquele homem passou. Sol na barra da saia do céu. Passou morro. Passou cana. Aquele homem ficou.Também fiquei. Também passei.

Karen Menatti.